Em meio ao universo de concreto da metrópole e a poucos metros de outros importantes cartões postais da cidade, como o edifício Itália e o Copan, esse local se destaca por sua beleza natural e, principalmente, por sua vitalidade. A Praça da República, nome recebido em 1889, deriva de “Res publica”, uma expressão latina que significa “coisa do povo”.
Mas outros nomes vieram antes. No século 19, foi Largo dos Curros, por abrigar rodeios e touradas. Mais tarde, acabou chamada de Largo da Palha, depois Praça dos Milicianos, Largo 7 de Abril e Praça 15 de Novembro.
Cosmopolita como São Paulo, o ponto turístico reúne um pouco de tudo que a cidade oferece. É palco de manifestações artísticas, sindicais e da liberdade sexual. Também é ponto de encontro de desempregados e homens de negócio, dos que querem saber do futuro em consultas com videntes – baianas ou ciganas – ou de quem só está preocupado com a situação dos sapatos e senta-se em uma poltrona de engraxate para renová-los. Também é via de trânsito de turistas e de moradores do centro, com ou sem casa.
Aos finais de semana, das 9h às 17h, a praça abriga artesãos, pintores, vendedores de roupas, discos, bolsas, colecionadores de selos, moedas, objetos antigos, na tradicional Feira de Arte e Artesanato.
Em volta, prédios recentes, espelhados, estreitos e para fins comerciais contrastam com os residenciais mais antigos, de varandas largas e imponentes: heranças de um centro que já foi mais glamouroso. Daquela época sobram alguns resquícios, como o tradicional restaurante Terraço Itália, cravado no topo do Edifício Itália, que ainda hoje é segundo mais alto do Brasil, com 165 metros.
Carros, motos e ônibus que trafegam por avenidas-símbolo de São Paulo, como a Ipiranga e a São Luis. E, sob o solo de terra e cimento, reformado pela última vez em 2006, o emaranhado das três principais linhas de metrô da capital – azul(norte e sul), vermelha (leste e oeste) e amarela – dá o tom da São Paulo central, que ainda conserva, na praça, o verde de tempos remotos.
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