A Oktoberfest de Blumenau é a maior festa da cerveja do Brasil, já em sua 29º edição. No ano passado, reuniu mais de meio milhão de pessoas ao longo de duas semanas e meia, que consumiram cerca de 626 mil litros de chope. Neste ano, a festa segue até 28 de outubro, aberta diariamente.
As principais atrações se concentram no Parque Vila Germânica, onde se realizam os shows com bandas alemãs e nacionais, diante das grandes mesas coletivas para beber cerveja. Mas a animação se espalha também pelo centro de Blumenau: a rua 15 de novembro recebe os desfiles dos carros alegóricos, às quartas e sábados.
Da gastronomia às compras, há programas para todos os gostos e bolsos. Blumenau fica distante 140 km de Florianópolis e é ponto de partida para um roteiro por diversas cervejarias artesanais do Vale do Itajaí. No centro histórico, vale visitar o Museu da Cerveja, envolto por plátanos centenários na praça Hercílio Luz, plantados pelos colonizadores alemães.
Conheça dez programas legais para fazer em Blumenau durante a Oktoberfest.
1) Dançar com as bandas alemãs
Os músicos têm o vigor de quem canta e dança para multidões como as da Oktoberfest de Munique. Em Blumenau, também levantam o público com clássicos do repertório alemão, do pop e do rock internacional. A banda Deggendorfer Stad´l Musikanten, valiosa nos instrumentos de sopro, também apresenta solos de acordeão e de alphorn (um tipo de corneta gigante). A banda Die Karolinenfelder traz Michel Teló em alemão: “Ai, ai, se eu te pego” fica “Ach, ach, wenn ich dich kriege”. Impagável.
Os músicos têm o vigor de quem canta e dança para multidões como as da Oktoberfest de Munique. Em Blumenau, também levantam o público com clássicos do repertório alemão, do pop e do rock internacional. A banda Deggendorfer Stad´l Musikanten, valiosa nos instrumentos de sopro, também apresenta solos de acordeão e de alphorn (um tipo de corneta gigante). A banda Die Karolinenfelder traz Michel Teló em alemão: “Ai, ai, se eu te pego” fica “Ach, ach, wenn ich dich kriege”. Impagável.
2) Vestir-se de Fritz e Frida
Que tal? Uma vez na vida... Quem se apresenta nos portões de entrada da Vila Germânica com traje típico alemão completo não paga ingresso, o que ajuda a explicar os milhares de adultos e crianças circulando de bermudas, suspensórios, polainas, meias e camisas brancas ou de xadrez miudinho. Um traje feminino chega a custar R$ 270, um chapéu masculino começa em R$ 25. Os artigos importados, alemães legítimos, de lã ou camurça, são mais caros. Às vezes bastam o chapéu decorado com bottons ou uma simples tiara de flores de plástico no cabelo para o visitante já se sentir um pouco europeu, em estado de festa.
Que tal? Uma vez na vida... Quem se apresenta nos portões de entrada da Vila Germânica com traje típico alemão completo não paga ingresso, o que ajuda a explicar os milhares de adultos e crianças circulando de bermudas, suspensórios, polainas, meias e camisas brancas ou de xadrez miudinho. Um traje feminino chega a custar R$ 270, um chapéu masculino começa em R$ 25. Os artigos importados, alemães legítimos, de lã ou camurça, são mais caros. Às vezes bastam o chapéu decorado com bottons ou uma simples tiara de flores de plástico no cabelo para o visitante já se sentir um pouco europeu, em estado de festa.
- Vestido com trajes típicos alemães, casal se diverte nos festejos da Oktoberfest de Blumenau
3) Comer fast-food de pato
Além de venerar a cerveja, a Oktoberfest também é sinônimo de comilança. Nesta 29ª edição, a novidade que forma filas é uma linha de hambúrgueres com carne de pato, uma carne vermelha que figura entre as estrelas da gastronomia alemã e costuma custar caro em pratos tradicionais como o marreco recheado. Marreco é o nome regional para o pato de Pequim, criado em cativeiro, explica o chef Márcio Anisio Mozer. Nesta linha fast-food, guarnecida com batatas fritas, rodelas de cebola e purê de maçã, a carne do peito do pato não é moída. O hambúrguer custa R$ 13, e a coxa de marreco, crocante, no ponto, sai por R$ 18.
Além de venerar a cerveja, a Oktoberfest também é sinônimo de comilança. Nesta 29ª edição, a novidade que forma filas é uma linha de hambúrgueres com carne de pato, uma carne vermelha que figura entre as estrelas da gastronomia alemã e costuma custar caro em pratos tradicionais como o marreco recheado. Marreco é o nome regional para o pato de Pequim, criado em cativeiro, explica o chef Márcio Anisio Mozer. Nesta linha fast-food, guarnecida com batatas fritas, rodelas de cebola e purê de maçã, a carne do peito do pato não é moída. O hambúrguer custa R$ 13, e a coxa de marreco, crocante, no ponto, sai por R$ 18.
4) Beber chope de graça
O copo de chope é vendido a R$ 5 na Vila Germânica, mas há situações lá dentro e também no centro de Blumenau em que é possível beber vários copos sem gastar um real. Os participantes dos desfiles de carros alegóricos na rua 15 de Novembro e nos pavilhões servem chope gratuitamente para o público. Basta ter o caneco na mão, a postos. Também o novo Bierwagen, o Brauerein Wagen, uma antiga Caravan adaptada com tonéis de inox, mata a sede dos foliões da Oktoberfest. O carro do chope grátis circula à tarde, na rua 15 de Novembro.
O copo de chope é vendido a R$ 5 na Vila Germânica, mas há situações lá dentro e também no centro de Blumenau em que é possível beber vários copos sem gastar um real. Os participantes dos desfiles de carros alegóricos na rua 15 de Novembro e nos pavilhões servem chope gratuitamente para o público. Basta ter o caneco na mão, a postos. Também o novo Bierwagen, o Brauerein Wagen, uma antiga Caravan adaptada com tonéis de inox, mata a sede dos foliões da Oktoberfest. O carro do chope grátis circula à tarde, na rua 15 de Novembro.
5) Torcer por um tomador de chope em metro
A inscrição para o Concurso Nacional dos Tomadores de Chope em Metro é gratuita e os participantes, homens e mulheres, são escolhidos por sorteio. À noite, no setor 3 da Vila Germânica, ganha o concurso quem beber em menos tempo os 600 ml de cerveja acomodados num copo esquisito, de 1 metro de comprimento. Dureza: não pode babar nem retirar a tulipa da boca. O concurso existe desde 1984. Chama a atenção que, entre as vencedoras mulheres, praticamente todas são moradoras de Blumenau. No ano passado, um visitante do Rio de Janeiro venceu a competição, bebendo o metro de cerveja no tempo de 13s49.
A inscrição para o Concurso Nacional dos Tomadores de Chope em Metro é gratuita e os participantes, homens e mulheres, são escolhidos por sorteio. À noite, no setor 3 da Vila Germânica, ganha o concurso quem beber em menos tempo os 600 ml de cerveja acomodados num copo esquisito, de 1 metro de comprimento. Dureza: não pode babar nem retirar a tulipa da boca. O concurso existe desde 1984. Chama a atenção que, entre as vencedoras mulheres, praticamente todas são moradoras de Blumenau. No ano passado, um visitante do Rio de Janeiro venceu a competição, bebendo o metro de cerveja no tempo de 13s49.
- Público aproveita os diversos shows da Oktoberfest em três pavilhões da Vila Germânica
6) Levar as crianças ao Kinderplatz
Trata-se de um estádio de esportes inteiro destinado aos menores de 13 anos, com decoração de bonecos gigantes e vários brinquedos do tipo pula-pula. Dentro da Vila Germânica, a entrada para a praça infantil é cobrada à parte (R$ 10) e as crianças precisam estar acompanhadas dos responsáveis. Mas as crianças têm acesso livre a toda a Oktoberfest e muitas chegam vestidas a caráter. Nos pavilhões, algumas que ainda estão aprendendo a caminhar já dançam ao som das bandas alemãs. Encantador além da conta.
Trata-se de um estádio de esportes inteiro destinado aos menores de 13 anos, com decoração de bonecos gigantes e vários brinquedos do tipo pula-pula. Dentro da Vila Germânica, a entrada para a praça infantil é cobrada à parte (R$ 10) e as crianças precisam estar acompanhadas dos responsáveis. Mas as crianças têm acesso livre a toda a Oktoberfest e muitas chegam vestidas a caráter. Nos pavilhões, algumas que ainda estão aprendendo a caminhar já dançam ao som das bandas alemãs. Encantador além da conta.
7) Degustar a gastronomia alemã dos universitários
Longe dos cachorros-quentes e batatas recheadas, um restaurante vip do Setor 1 (o das cervejas artesanais e locais, bastante prestigiado pelos catarinenses) serve pratos mais sofisticados da culinária alemã, preparados por universitários do curso de Gastronomia da Furb – Universidade de Blumenau. Além dos tradicionais marreco e joelho de porco, o cardápio tem opções como Peixe Baden Baden, com cebolas, bacon, cobertura de nata e crosta de pão, o petisco de carne crua chamado Hackepeter, com páprica, alcaparras e conhaque, e ainda filé mignon com spaztle (massa alemã cozida na manteiga). Os pratos custam R$ 32.
Longe dos cachorros-quentes e batatas recheadas, um restaurante vip do Setor 1 (o das cervejas artesanais e locais, bastante prestigiado pelos catarinenses) serve pratos mais sofisticados da culinária alemã, preparados por universitários do curso de Gastronomia da Furb – Universidade de Blumenau. Além dos tradicionais marreco e joelho de porco, o cardápio tem opções como Peixe Baden Baden, com cebolas, bacon, cobertura de nata e crosta de pão, o petisco de carne crua chamado Hackepeter, com páprica, alcaparras e conhaque, e ainda filé mignon com spaztle (massa alemã cozida na manteiga). Os pratos custam R$ 32.
8) Conhecer a casa do amigo do Darwin
“Ele era amigo do Darwin”, diz o taxista de Blumenau antes de seguir para o Museu de Ecologia Fritz Müller. Nascido na Alemanha e emigrado para Santa Catarina, Fritz era doutor em Filosofia, com formação em Medicina também, e se tornou amigo do cientista inglês Charles Darwin da forma como era possível ser amigo de alguém distante no século 19: por cartas. Ele enviou várias de suas pesquisas sobre a fauna e a flora da Mata Atlântica para Darwin e foi um dos primeiros naturalistas do mundo a apoiar publicamente a então bombástica Teoria da Evolução. A história da correspondência está melhor contada no livro Dear Mr. Darwin, de Cezar Zillig, publicado em 1997. O museu foi fechado devido às enchentes de 2008 e reabriu neste ano sem grandes melhorias. O acervo é modesto e vale mais pelo valor histórico da biografia de Fritz Müller, que faleceu em Blumenau, aos 75 anos, em 1897. Rua Itajaí, 2.195, tel: (47) 3326-6890.
“Ele era amigo do Darwin”, diz o taxista de Blumenau antes de seguir para o Museu de Ecologia Fritz Müller. Nascido na Alemanha e emigrado para Santa Catarina, Fritz era doutor em Filosofia, com formação em Medicina também, e se tornou amigo do cientista inglês Charles Darwin da forma como era possível ser amigo de alguém distante no século 19: por cartas. Ele enviou várias de suas pesquisas sobre a fauna e a flora da Mata Atlântica para Darwin e foi um dos primeiros naturalistas do mundo a apoiar publicamente a então bombástica Teoria da Evolução. A história da correspondência está melhor contada no livro Dear Mr. Darwin, de Cezar Zillig, publicado em 1997. O museu foi fechado devido às enchentes de 2008 e reabriu neste ano sem grandes melhorias. O acervo é modesto e vale mais pelo valor histórico da biografia de Fritz Müller, que faleceu em Blumenau, aos 75 anos, em 1897. Rua Itajaí, 2.195, tel: (47) 3326-6890.
- A fachada do Museu de Ecologia Fritz Müller reproduz o estilo arquitetônico eixaimel
9) Comprar canecos de chope de luxo, com tampa
Na Alemanha, que popularizou os biergarten (jardins da cerveja) ao ar livre, nos parques e praças de cidades como Munique, a função da tampa sobre o caneco não é manter a temperatura gelada. É proteger a cerveja de folhas caindo das árvores e até do xixi dos pássaros. Importados ou fabricados no Brasil, existem canecos de luxo nas lojas da Vila Germânica que chegam a custar R$ 750, ou o preço de duas bicicletas. São objetos feitos com materiais nobres como fios dourados ou metais como o estanho. Um caneco amarelo com o dragão Smaug, de O Hobbit, em vermelho, em alto relevo, sai por R$ 299. J. R. R. Tolkien, o pai do Senhor dos Anéis, é um autor inglês. Os ingleses também amam as cervejas, e os canecos.
Na Alemanha, que popularizou os biergarten (jardins da cerveja) ao ar livre, nos parques e praças de cidades como Munique, a função da tampa sobre o caneco não é manter a temperatura gelada. É proteger a cerveja de folhas caindo das árvores e até do xixi dos pássaros. Importados ou fabricados no Brasil, existem canecos de luxo nas lojas da Vila Germânica que chegam a custar R$ 750, ou o preço de duas bicicletas. São objetos feitos com materiais nobres como fios dourados ou metais como o estanho. Um caneco amarelo com o dragão Smaug, de O Hobbit, em vermelho, em alto relevo, sai por R$ 299. J. R. R. Tolkien, o pai do Senhor dos Anéis, é um autor inglês. Os ingleses também amam as cervejas, e os canecos.
10) Embriagar-se com chope de caipirinha
“Esse negócio vai que nem água”, dizia um jovem festeiro na noite de terça-feira (16/10), pedindo o segundo ou terceiro copo. A mistura é altamente refrescante e inclui gelo picado, limão, cachaça, chope tipo pilsen ou chope de vinho. Vem do escritor Tom Rachmann uma das melhores definições sobre a caipirinha: “É uma dessas misturas com frutas em que a substância alcoólica vai direto para as pernas”. Na Oktoberfest, as pernas precisam dançar, pular, caminhar até os caixas para comprar mais comida e cerveja. Melhor deixar os chopes de caipirinha para a saideira e certificar-se de que você ainda lembra onde está a fila dos táxis.
“Esse negócio vai que nem água”, dizia um jovem festeiro na noite de terça-feira (16/10), pedindo o segundo ou terceiro copo. A mistura é altamente refrescante e inclui gelo picado, limão, cachaça, chope tipo pilsen ou chope de vinho. Vem do escritor Tom Rachmann uma das melhores definições sobre a caipirinha: “É uma dessas misturas com frutas em que a substância alcoólica vai direto para as pernas”. Na Oktoberfest, as pernas precisam dançar, pular, caminhar até os caixas para comprar mais comida e cerveja. Melhor deixar os chopes de caipirinha para a saideira e certificar-se de que você ainda lembra onde está a fila dos táxis.
SERVIÇOS
Oktoberfest de Blumenau
Parque Vila Germânica
Rua Alfredo Stein, 199, tel: (47) 3326-6901
www.oktoberfestblumenau.com.br
Parque Vila Germânica
Rua Alfredo Stein, 199, tel: (47) 3326-6901
www.oktoberfestblumenau.com.br
Os pavilhões abrem diariamente, a partir das 18h, até 28/10. Aos sábados e domingos, abrem às 11h. Nas sextas e sábados, ingressos custam R$ 20; nos demais dias, R$ 6. No dia do encerramento (28/10) a entrada é gratuita. Visitantes com traje típico alemão não pagam. Estudantes e pessoas com 60 anos ou mais pagam meia entrada.
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